Sua jornada no Executivo teve início em 2019, quando o então advogado e empresário decidiu enfrentar o sistema político corroído por quase uma década no DF — e saiu vitorioso. Na eleição de 2018, o novo superou a velha política, marcada por vícios e estagnação, abrindo espaço para um perfil de gestor técnico, pragmático e voltado para resultados concretos.
Ao assumir o cargo, Ibaneis herdou um verdadeiro cenário de colapso. O DF enfrentava sérios problemas estruturais e um déficit fiscal de R$ 7,7 bilhões, legado da administração anterior, comandada por Rodrigo Rollemberg (PSB). Além disso, havia um calote que afetava cerca de 165 mil servidores, comprometendo não só as finanças, mas também a confiança na máquina pública.
Sem trajetória na política tradicional, Ibaneis surgiu como um outsider com discurso voltado para a eficiência na gestão. Sua bagagem como advogado e empresário permitiu-lhe implementar práticas da iniciativa privada na administração pública, com foco na reorganização fiscal, retomada de obras paralisadas e valorização do funcionalismo.
Esse novo modelo de governo se consolidou como contraponto à chamada “década perdida” vivida pelo DF. O ciclo de crise começou ainda na gestão de José Roberto Arruda, afastado e preso em 2009 pela operação “Caixa de Pandora”. O governo-tampão de Rogério Rosso manteve o cenário instável, que piorou sob Agnelo Queiroz (PT), cuja gestão foi marcada por escândalos de corrupção — culminando em sua prisão pela Operação Panatenaico. O auge do caos veio na administração de Rollemberg, durante a qual até executivos do BRB foram presos pela Operação Circus Maximus, acusados de receber propinas de até R$ 40 milhões.
Foi nesse contexto que Ibaneis representou um divisor de águas. Com um estilo de liderança baseado em gestão e resultados, ele resgatou a credibilidade da administração pública perante os cidadãos. Sua reeleição em 2022, ainda no primeiro turno — algo inédito na política do DF —, confirmou essa aprovação popular. Nem mesmo Joaquim Roriz, nome forte e de grande apelo popular, conseguiu esse feito.
Agora, prestes a encerrar seu segundo mandato, Ibaneis se prepara para um novo desafio político: disputar uma das duas vagas ao Senado Federal nas eleições de 2026. A previsão é de que ele se desincompatibilize do cargo em abril, encerrando um ciclo de governo bem avaliado, marcado por estabilidade, obras estruturantes e avanço econômico.
Com altos índices de aprovação e imagem consolidada como gestor eficiente, Ibaneis deixará o Palácio do Buriti com um legado de modernização administrativa e ruptura com velhos hábitos políticos. Sua eventual volta ao governo do DF, no futuro, não é apenas uma possibilidade, mas uma perspectiva concreta, respaldada pelos resultados alcançados e pela confiança do povo brasiliense. Um eventual “volta, Ibaneis” está longe de ser apenas um desejo — pode se tornar realidade.
Fonte: Foco Nacional